No passado fim-de-semana fui a Lisboa com a família, uma prometida visita lá para os lados da Graça.
A tarde de sábado foi dia de Jardim zoológico, pena daqueles animais enclausurados, possantes, enormes, belos, estranhos, tão longe de casa.
Os golfinhos (também estes confinados a um tanque) foram o delírio da pequenada, som a rasgar, dinâmicos tratadores e saltos espectaculares fizeram as delícias dos presentes.
Esgotados da caminhada, das corridas e do calor, fomos petiscar ao Deli-Delux. Mercearia, charcutaria e cafetaria, gourmet, sabores alternativos em cima do Tejo, uma delícia, excelente fim de tarde.
À noite, jantar em Alfama, casa de Fados, num ambiente bairrista e muito acolhedor. O meu filho e as primas (com os adultos ainda à mesa, mas de olho atento), saltavam e corriam pela calçada, sob as fitas coloridas, ainda penduradas do Sto António. Nós, os grandes, regados de boa fala, ouvíamos uns fadunchos, bem esgalhados, em que o fadista de serviço alternava com quem nos servia.
Regresso à Graça e por hoje estava feito. (ou melhor, faltava ainda a difícil tarefa de adormecer a criançada).
Domingo, dia de Eleições, e de Oceanário.
Manhã demasiado calma na rua, para quem estava ao lado de uma escola preparatória que acolhia mesas de voto. (mau prenúncio)
Posto isto, vamos ao Oceanário. Impossível. A fila era interminável, lembrando o último dia da Expo98. Desilusão para as crianças, facilmente apagada com outro programa.Vamos apanhar o “28”.
O eléctrico 28 que actualmente cobre o extenso percurso desde os Prazeres até à Graça (e ao Martim Moniz no seu itinerário mais longo) é o mais emblemático exemplar da rede de eléctricos da Carris em Lisboa. O Eléctrico 28 é famoso pela sua rota, que inclui algumas das mais belas passagens da cidade e pelas habilidades dos condutores através das curvas apertadas e das ruas estreitas do bairro.Assim, os típicos carros bidirecionais da série "700", com potência de 90 cavalos, fabricados por Leito Maley & Taunton, continuam a circular pelas colinas de Lisboa, com a inconfundível pintura amarela e o constante tilintar da campainha.O "28" é mais do que um simples meio de transporte, é também uma forma original de passear por Lisboa e conhecer a sua história.
A meio da viagem, paragem no Jardim da Estrela para um lanchinho.
De volta ao “28”, de regresso à Graça.
Peripécias e contratempos. Não chegamos a ir ao Berardo. Salvo seja!
Fazer os sacos, jantar e já é tempo de regressar a Aveiro.
Doce Aveiro!