31 de maio de 2007

meifumado - uma etiqueta alternativa




Get Bent - The Zany Dislexic Band




A Máquina Cinzenta - Preto




No site da editora, a meifumado apresenta-se assim:

"A Meifumado continua a cagar na precaução...
Com o mesmo utópico objectivo:
A criação e edição de boa música (conceito original, não?).
Todas as convenções implícitas de uma editora são orgulhosamente ignoradas.
Venham ver o barco a afundar !"

A meifumado conta com cinco CD editados, o primeiro -meifumado - the zanny dislexic band (conta com a participação do gaspas no tema Lost Stance Swing) foi o CD de apresentação da editora em 2004. Composto por fragmentos de improvisação colados, remendados, re-improvisados, samplados e trabalhados, resultando num som viciante.

Seguiram-se pplectro - running themes(2004), um disco inovador de electrónica futurista e escaganifobética para ouvir e não só;

Kalaf+Type - a fuga (2004), excelente base musical de Zé Nando e a voz de Kalaf a mandar umas postas bem conseguidas;

Preto - Quietude (2005), talvez o disco mais abrangente, criando diferentes ambiências sonoras, beliscando vários estilos e recursos;

e por último PZ - Anticorpos (2005), o disco que me fez escrever este post (anda comigo no carro); é um disco genuíno, de devaneios mentais, razão desconcertante e surreal, vale a pena ouvir e adquirir.






A meifumado não edita um CD à dois anos; será que é este ano? ou pró ano? ou daqui a dois??... não se sabe!
portanto aguardemos.
entretanto quem quiser saber mais:

site meifumado

30 de maio de 2007

25 de maio de 2007

Hoje faz anos...



Miles Davis 1926 - 1991

Miles Davis é sem dúvida um dos grandes "monstros" do jazz. O som do trompete, puro, macio e quase sem vibrato, quase sempre com surdina, e seu fraseado conciso e despojado, por vezes com uma simplicidade arrebatadora, tornou o seu som inconfundível. Foi fundador do Cool Jazz, do Jazz Modal, do Jazz-Rock e da Fusion, Miles fez da renovação das linguagens o principal impulso gerador de sua música.
Iniciou a carreira com o Bebop, apresentando uma fase brilhante já em 1948-1950, com a formação da célebre Miles Davis-Capitol Orchestra, onde o genial arranjador Gil Evans começou a escrever verdadeiras obras-primas que davam todas as condições para a expressividade de Miles. A colaboração Miles-Evans continuou ao longo dos anos 50. Os arranjos de Evans não têm paralelo em nenhuma big band: trata-se de peças impressionistas, com estruturas elaboradas, texturas timbrísticas sofisticadas, revelando influências variadas que incluíam, por exemplo, a música espanhola.
Paralelamente ao trabalho com Gil Evans, Miles dava, a partir de 1949, os contornos ao nascente estilo Cool, eminentemente apropriado à sua maneira intimista de tocar, gravando as sessões intituladas Birth of the Cool.
De 1956 em diante, Miles lidera um quinteto / sexteto que, através de suas várias formações, entraria para a história do jazz. Para se ter uma ideia dos talentos envolvidos, inicialmente o quinteto contava com o saxofonista John Coltrane, o pianista Red Garland, o contrabaixista Paul Chambers e o baterista Philly Joe Jones; esta formação gravou a série de discos intitulados Relaxin', Workin', Steamin' e Cookin'. Com a entrada do sax alto Cannonball Adderley, o grupo transformou-se no sexteto que gravou Milestones. Em 1959 Red Garland foi substituído por Bill Evans e Wynton Kelly, que se revezavam ao piano, e Jones cedeu o lugar a Jimmy Cobb, no sexteto que gravou um dos discos de maior culto no jazz de todos os tempos, Kind of Blue. Com esse grupo, Miles começou a explorar o jazz modal, usando combinações harmônicas mais livres do que a harmonia tonal tradicional, e improvisando mais sobre os acordes do que sobre a melodia do tema. Em 1960-1961, houve pequenas mudanças, mas a base era mantida: ora Cannonball Adderley cedia o lugar a Sonny Stitt ou Hank Mobley, ora Jones voltava a assumir a bateria; o grupo também podia se reduzir a um quinteto, com apenas Coltrane ao tenor.
Paralelamente ao trabalho com quinteto e sexteto, Miles retoma a colaboração com Gil Evans e grava (respectivamente, em 1958 e 1960) duas obras-primas absolutas com orquestra: Porgy and Bess (com o fantástico Summertime) e e Sketches of Spain.
Em 1964 surgiu uma formação inteiramente nova do sexteto, com George Coleman ao sax tenor, Herbie Hancock ao piano, Ron Carter ao contrabaixo e o brilhante adolescente Tony Williams à bateria. (Hancock, Carter e Williams ocasionalmente foram substituídos, respectivamente, por Frank Butler, Richard Davis e Victor Feldman). Em 1965 a chegada do talentoso saxtenorista e compositor Wayne Shorter dá consistência ainda maior ao grupo. Ao lado de Shorter, Hancock, Carter e Williams, Miles grava discos como E.S.P., Miles Smiles, Sorcerer, Nefertiti e são recolhidos notáveis registros de shows ao vivo no Plugged Nickel Club de Chicago (hoje recuperados na sua totalidade.
No final dos anos 60, Miles procura mais uma renovação estética, começando a fazer experiências com a fusão entre jazz e rock. Nessa fase, fica novamente em evidência uma faceta de Miles que já se havia manifestado com o quinteto dos anos 50: o descobridor de talentos. Para formar seus conjuntos de jazz-rock, Miles convoca os tecladistas Herbie Hancock, Chick Corea e Joe Zawinul, os bateristas Tony Williams e Jack DeJohnette, os contrabaixistas Dave Holland e Ron Carter, o guitarrista John McLaughlin, o saxofonista Wayne Shorter, o organista Larry Young, entre outros. O jazz-rock, do qual Miles se aproximava gradualmente com os discos In a Silent Way e Filles de Kilimanjaro, nasce efectivamente com o revolucionário (e ainda hoje moderno) álbum duplo de 1969, Bitches Brew.
Com Live/Evil, de 1970, e alguns outros discos até 1972, encerra-se uma fase na carreira de Miles e tem início outra, ainda mais controversa que a de Bitches Brew. Durante os anos 70 e 80, Miles continua a realizar experiências com a integração de linguagens, renovando completamente os seus conjuntos com músicos pouco conhecidos, afastando-se do jazz (mesmo do jazz-rock) e aproximando-se do funk até do hip-hop. Mas, como se trata de Miles, nem por isso tal fusão se torna trivial ou comercial. Embora as opiniões se dividam acerca das obras desse período, o som de Miles continua inconfundível, e sua poderosa mente musical continua claramente no controle.
Em 28 de setembro de 1991 o trompete de Miles silencia. Sua obra - vasta, multifacetada, evolutiva, desbravadora, ora hermética, ora lírica - irá certamente fornecer material para análise e motivo de puro deslumbramento para muitas gerações.
(Info em Ejazz)




Miles Davis - Fred...

24 de maio de 2007

Hoje faz anos...

Bob Dylan 1941

21 de maio de 2007

Grande Vanessa!






A benfiquista Vanessa Fernandes sagrou-se este sábado campeã mundial de duatlo (corrida e ciclismo), na cidade húngara de Gyor. A atleta portuguesa cumpriu os dez quilómetros de corrida, 40 de ciclismo e cinco de corrida em 1:54.06 horas, batendo a inglesa Michelle Dillon por 37 segundos e a húngara Erika Csomor por 47.

Pró ano há mais...


19 de maio de 2007

Luxúria



Quem ama
Rasga, arranca
Volúpia da essência
Intensa cúmplice de
Eternal mácula

Devora luxúria
Sente, profana
Íris devassa
Deleite de quem vive
Lascívia de feminil aroma

Cio do luar
Cegueira
O tempo dissipa…

Fede a sémen

Após o Dilúvio...





ficam os destroços...

a bonança é só nos filmes!

15 de maio de 2007

10 de maio de 2007

1, 2, esquerda, direita...


8 de maio de 2007

Poesia - «Anda...»

Calco a via,
Arrastado tropeço,
Desacompanhado de mim
Aspiro…
Amarrado olhar à terra,
Expiro…
Encarcerado em mim
De mim me afasto

Procuro o cheiro
a cor, rugas de experiência,
Inspiro…
Bálsamo de nada recebo,
Vazio…
Onde te encontro?

Adivinha urgente,
de quem sabe a resposta
mas não deseja ler.
Martírio…
Fala, Grita, bate com a cabeça
Este nome chega
para te reinventar.

Anda cá porra!
Estou aqui,
Sempre estive,
Ainda que saído,
Autoridade maior
O Amor me conservou.
Anda…
por gaspas